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Motoboy morreu na entrega: direitos da família

8 de dezembro de 2025

A morte na entrega destrói uma vida, mas não pode destruir a dignidade da família ⚖️

Perder alguém que trabalhava todos os dias para sustentar a família é uma dor que não tem medida.

E quando essa perda acontece durante uma entrega, no meio da rotina de trabalho, a dor se mistura com revolta, medo e incerteza.

💬 “Como vamos sobreviver?”

💬 “Quem vai ajudar com as contas, com as crianças?”

💬 “Isso não pode ter acontecido assim… sem amparo nenhum.”

Essas perguntas são reais e urgentes.

E, em um momento tão difícil, a família precisa de acolhimento, orientação e informação segura — sem promessas, sem ilusões, sem exploração da dor.


⚠️ A pior parte não é o acidente… é perceber que ninguém preparou a família para o que viria depois

O motoboy sai de casa para trabalhar.

Ele promete voltar para o jantar.

Ele pensa no aluguel, na escola das crianças, no leite, no gás, no futuro da família.

Mas, em um segundo, tudo muda.

A moto cai. Um carro não respeita a preferência. Um buraco causa a derrapagem.

Uma imprudência destrói uma vida.

E a família, que não estava na cena do acidente, passa a viver outra tragédia: a da ausência, da renda cortada, do medo do amanhã.

Advogado trabalhista em Curitiba
Nenhuma família deve enfrentar sozinha o peso emocional e financeiro da morte de um trabalhador em atividade de risco.”
Rodrigo Fortunato Goulart, advogado trabalhista e doutor em direito - PUCPR.


💬 O motoboy faleceu durante a entrega: isso é acidente de trabalho

A lei é clara:
falecimento durante o trajeto ou execução de entregas é acidente de trabalho.

E isso gera direitos importantes à família.

Mesmo quando havia contrato informal, vínculo negado ou trabalho via aplicativo.

A Justiça reconhece que a atividade de entrega em motocicleta é de risco extremo, e por isso a empresa pode ser responsabilizada independentemente de culpa.

Além disso, a responsabilidade também existe quando:

  • havia controle de horários ou metas;

  • o motoboy trabalhava exclusivamente para a plataforma;

  • havia subordinação digital (o aplicativo controla rotas e ritmo);

  • a remuneração vinha majoritariamente daquele trabalho.

Logo, a família não está desamparada.


⚖️ Quais direitos a família pode ter em caso de morte do motoboy?

A lista é ampla e abrange proteção financeira, emocional e moral.

1. Pensão mensal (pensão por morte ou indenizatória)

A família pode receber valor mensal, especialmente quando o falecimento provocou perda da principal renda da casa.

2. Indenização por danos morais

A Justiça reconhece o impacto devastador da perda, não apenas no aspecto emocional, mas também na dignidade familiar.

3. Indenização por danos materiais

Inclui despesas com velório, sepultamento, moto destruída e perda de renda.

4. Reconhecimento de vínculo trabalhista

Mesmo para entregadores de aplicativo, a Justiça pode reconhecer que havia relação de emprego — o que amplia ainda mais os direitos.

5. Responsabilidade civil objetiva

Como a atividade é de risco, a empresa pode ser responsabilizada mesmo sem culpa direta.

Além disso, quando há negligência de segurança, falta de equipamentos ou metas abusivas, o valor da indenização pode aumentar.

A vida de um trabalhador não pode ser tratada como estatística.

A família tem direito à verdade, à justiça e a uma reparação digna.


💬 Por que tantas famílias têm medo de procurar ajuda?

Porque o choque é grande.

Porque o luto pesa.

Porque ninguém quer transformar dor em processo judicial.

Porque existe receio de que a empresa diga que “não tinha vínculo”, ou que a culpa foi do próprio motoboy.

Mas isso não deve impedir a busca por informação.

Além disso, muitas plataformas criam a falsa impressão de que o entregador não tem direitos, o que não é verdade.

A Justiça brasileira tem entendido que:

  • o risco pertence ao negócio,

  • o lucro pertence à empresa,

  • mas o corpo e a vida arriscados pertenciam ao trabalhador.

E isso importa — juridicamente e moralmente.


⚖️ O que a família deve fazer agora?

Aqui estão passos seguros e respeitosos, sem pressão e sem urgência indevida:

1. Reunir documentos básicos

RG, CPF, certidão de óbito, contatos da empresa ou plataforma, prints de conversas e qualquer registro do trabalho realizado.

2. Guardar informações sobre o acidente

Relatórios, boletim de ocorrência, fotos, testemunhas, notícias ou qualquer documento emitido pelo hospital ou pela polícia.

3. Verificar quem dependia financeiramente do motoboy

Isso ajuda a definir direitos previdenciários e indenizatórios.

4. Evitar acordos rápidos oferecidos pela empresa

Algumas empresas tentam minimizar valores.

A família não deve decidir nada durante o luto.

Não assinar nenhum documento entregue pela empresa sem, antes de tudo, falar com advogado.

5. Buscar orientação jurídica especializada

Não para litigar imediatamente, mas para entender com calma:

  • quais direitos existem;

  • qual o valor da indenização justa;

  • se havia vínculo;

  • como funciona a pensão;

  • qual é o procedimento seguro.

Além disso, orientação adequada evita que a família seja enganada ou pressionada.


A perda é irreparável, mas a injustiça não precisa ser eterna.

A família não precisa enfrentar tudo sozinha.


💬 Conclusão

O motoboy que faleceu durante uma entrega deixou mais do que contas: deixou histórias, laços, sonhos e um papel importante dentro da família.

Buscar direitos não é “ganhar dinheiro com a tragédia”.

É garantir dignidade.

É proteger os filhos.

É honrar a memória de quem deu a vida trabalhando.

E isso não se faz com pressa — se faz com respeito, informação e segurança jurídica.

Em caso de dúvidas ou problemas nas relações de trabalho, consulte sempre um advogado trabalhista de sua confiança.

Advogado Trabalhista em Curitiba
Rodrigo Fortunato Goulart
OAB/PR sob nº 36.980
Com 25 anos de experiência na área trabalhista, é Mestre e Doutor em Direito pela PUCPR, Diretor do Departamento de Direito do Trabalho do Instituto dos Advogados do Paraná e Professor de Relações Trabalhistas e Saúde no Trabalho na Escola de Negócios da PUCPR.
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FAQ

PERGUNTAS
FREQUENTES

As principais dúvidas de quem nos procura e as nossas respostas, de forma rápida e eficiente.

Se você foi mandado embora sem justa causa, tem direito a receber: salário dos dias trabalhados, aviso prévio (se não foi cumprido), férias proporcionais + 1/3, 13º salário proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, além de poder sacar o FGTS e, se tiver direito, pedir o seguro-desemprego. Dependendo do seu caso, pode haver outros direitos.
O salário e o FGTS devem ser pagos na data certa. Se houver atrasos constantes, isso pode ser motivo para encerrar o contrato de trabalho por culpa do patrão (rescisão indireta). Além disso, o trabalhador pode receber juros e correções pelos dias de atraso e até uma indenização por danos morais, se for o caso.
Sim. Mesmo sem registro na carteira, você pode ter direito a todos os benefícios de um trabalhador com carteira assinada, como FGTS, férias, 13º salário, INSS e outros. Se o patrão não reconhece isso, é possível entrar na Justiça e apresentar provas para garantir seus direitos.
Se você sofreu um acidente de trabalho, pode ter direito a afastamento com pagamento do INSS, estabilidade no emprego depois que voltar ao trabalho e até indenização, dependendo do caso. Se o acidente deixou sequelas, pode haver direito à aposentadoria por invalidez, pensão vitalícia (paga pela empresa) ou outros benefícios.
As horas extras só podem ser exigidas dentro da lei. Se você trabalha além do horário normal, tem direito a receber um valor maior por cada hora extra (pelo menos 50% a mais do que a hora normal). Algumas categorias podem ter regras diferentes em acordo ou convenção coletiva.
Não. O patrão não pode mudar seu contrato de trabalho para piorar suas condições sem seu consentimento. Se isso acontecer e te prejudicar, você pode ter o direito de pedir a rescisão indireta do contrato e receber todas as verbas como se tivesse sido demitido sem justa causa.
A lei garante estabilidade para mulheres grávidas desde o início da gestação até cinco meses depois do parto. Se for demitida nesse período, pode pedir para ser reintegrada ao trabalho ou receber uma indenização.
Se o patrão manda um funcionário abrir uma empresa (CNPJ ou MEI) só para continuar trabalhando do mesmo jeito que antes, isso pode ser uma fraude chamada “pejotização”. Se houver subordinação, horário fixo e obrigações como as de um empregado, pode ser possível pedir na Justiça o reconhecimento do vínculo empregatício e receber todos os direitos previsto em lei.
Sempre que tiver dúvidas ou problemas no seu trabalho, como salário atrasado, demissão injusta, assédio, não pagamento de direitos, trabalho sem carteira assinada, entre outros. Um advogado pode orientar sobre o que fazer e se vale a pena entrar na Justiça.
Na consulta, o advogado analisa o seu caso, verifica documentos, esclarece dúvidas e explica quais são os possíveis caminhos para resolver o problema. Dependendo da situação, pode ser feito um acordo com a empresa ou, se necessário, uma ação na Justiça.
O valor depende do caso e do advogado. Cada profissional tem liberdade para estabelecer o preço dos seus serviços. Profissionais experientes podem cobrar um valor fixo pela consulta ou pelo processo, enquanto outros podem trabalhar com um percentual do valor que o cliente receber no final da ação (honorários em caso de vitória). Tudo deve ser combinado antes, de forma transparente.
O tempo pode variar bastante. Se houver um acordo, pode ser resolvido rapidamente. Mas, se precisar de uma decisão da Justiça, pode levar meses ou até anos, dependendo do caso e dos recursos.
Depende. Depois da Reforma Trabalhista, quem perde a ação pode ser condenado a pagar honorários ao advogado da outra parte, mas há exceções. Também pode haver custos do processo, dependendo do contrato feito com seu advogado. Por isso, é importante entender tudo antes de entrar com a ação.
Os documentos mais importantes são: carteira de trabalho física ou digital, holerites (contracheques), contrato de trabalho, comprovantes de pagamento, extrato do FGTS, carta de demissão e qualquer outro que mostre como era a relação de trabalho. Se não tiver todos, o advogado pode te orientar sobre como reunir provas.

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