
Quem pensa em entrar com uma ação trabalhista quase nunca chega a essa decisão por impulso.
Chega cansado.
Chega frustrado.
Chega com a sensação de que trabalhou muito e recebeu menos do que deveria.
Essa dor é real. Ela é comum. E merece respeito.
No entanto, transformar indignação em processo judicial exige cautela, sobretudo após as mudanças recentes na legislação trabalhista.
Hoje, errar na condução da ação pode gerar prejuízo financeiro ao próprio trabalhador, algo que muitos ainda desconhecem.
Por isso, informação clara e orientação jurídica adequada são fundamentais antes de qualquer decisão.
Durante muito tempo, difundiu-se a falsa ideia de que existe “ação trabalhista ganha” e de que qualquer advogado pode conduzi-la sem maiores consequências.
Essa premissa é incorreta e perigosa.
Nenhum processo nasce "ganho".
O que existe é probabilidade jurídica, construída a partir da análise das provas, do contexto do contrato e da viabilidade real de cada pedido.
Além disso, atualmente, a nova lei trabalhista prevê que a parte perdedora pode ser condenada ao pagamento de custas e honorários de sucumbência, que variam de 5% a 15% sobre os pedidos julgados improcedentes.
Isso significa que pedidos frágeis, mal formulados ou baseados apenas em expectativa podem gerar condenação financeira contra o próprio trabalhador.
A ação trabalhista deixou de ser tentativa. Hoje, ela exige estudo, critério e responsabilidade.
Nesse cenário, o advogado experiente não promete resultado.
Ele avalia riscos antes mesmo da ação existir, analisando documentos, mensagens, histórico contratual, testemunhas possíveis e limites legais.
Essa análise prévia é o que separa uma ação consciente de uma aventura jurídica.

Segundo o advogado trabalhista Rodrigo Fortunato Goulart, doutor em direito, "não existe ação ganha; existe ação bem avaliada antes de ser proposta".
Imagine que um trabalhador ajuíza uma ação com 5 pedidos (horas extras, acúmulo de função, danos morais, equiparação salarial e férias não usufruídas), cada um no valor de R$ 10.000,00.
Se 3 pedidos forem julgados improcedentes, o juiz pode fixar honorários de sucumbência entre 5% e 15% sobre R$ 30.000,00 (valor dos pedidos perdidos).
➜ Ou seja, Sucumbência de 10% = R$ 3.000,00 o trabalhador que perdeu deve pagar ao advogado da parte contrária.
Esse valor não depende de má-fé.
Ele decorre apenas da derrota nos pedidos (não conseguir comprovar na Justiça com documentos ou testemunhas).
E mesmo com a concessão da Justiça gratuita pelo Judiciário, a obrigação de pagar não desaparece. Ela fica apenas suspensa temporariamente.
📌 Por isso, ajuizar a ação sem critério pode gerar prejuízo ao próprio trabalhador.
Um advogado experiente atua justamente para reduzir esse risco, filtrando pedidos frágeis e focando no que é juridicamente viável.
Honorários de sucumbência são valores devidos ao advogado da parte vencedora.
Eles incidem sobre os pedidos que o trabalhador perde, mesmo que ele ganhe outros pontos da ação. Além disso, esses honorários não dependem de má-fé ou abuso.
Eles decorrem apenas da improcedência do pedido.
Por isso, quanto maior o número de pedidos frágeis, maior o risco financeiro.
Logo, compreender a sucumbência não é detalhe técnico.
É proteção patrimonial.
Compreendidos os riscos, surge uma pergunta natural: como evitá-los?
A resposta está na atuação técnica e responsável.
Um bom advogado trabalhista, previamente:
separa direitos reais de expectativas;
descarta pedidos sem prova mínima;
calcula impactos financeiros do processo;
orienta sobre riscos antes de ajuizar;
constrói estratégia, não improviso.
Além disso, atua com ética, sem promessas fáceis.
Isso não é custo.
É segurança.
No dia a dia, surgem situações que parecem simples, mas exigem cautela, como:
pedidos prescritos;
horas extras sem controle de jornada;
adicionais sem laudo técnico;
pedidos contraditórios;
teses copiadas da internet;
Esses erros são comuns.
E eles custam caro.
Por outro lado, quando há estudo prévio, o processo se torna mais enxuto, mais seguro e mais previsível.
Antes de qualquer decisão, algumas atitudes fazem diferença:
reunir documentos com calma;
organizar mensagens e e-mails;
identificar testemunhas reais;
evitar decisões emocionais;
buscar orientação com advogado trabalhista especializado.
Pouco se fala sobre isso.
Mas perder pedidos e ser condenado em honorários gera frustração, culpa e arrependimento.
Para quem já está fragilizado, esse impacto emocional pesa tanto quanto o financeiro.
Por isso, agir com cautela também é cuidar da própria saúde emocional.
A Justiça do Trabalho continua sendo um espaço legítimo de proteção ao trabalhador.
No entanto, ela exige preparo.
Pedidos bem fundamentados, provas possíveis e estratégia clara reduzem riscos.
Pedidos genéricos, por outro lado, ampliam problemas.
Portanto, não se trata de desistir de direitos.
Trata-se de buscar justiça com responsabilidade.
A ação trabalhista segue sendo um instrumento importante.
Mas ela não pode ser usada sem estudo.
Contratar um bom advogado trabalhista ajuda a:
compreender riscos reais;
evitar sucumbência desnecessária;
proteger patrimônio;
e tomar decisões conscientes.
Se você pensa em entrar com uma ação, informe-se.
Com calma.
Com técnica.
Com respeito à sua própria história.
Em caso de dúvidas, procure sempre um advogado trabalhista de sua confiança.

por Agência de Marketing Digital
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