Siga-nos
Atendemos todo o Brasil
Advogado Trabalhista » Caixa executivo da CEF receberá pausas de digitador

Caixa executivo da CEF receberá pausas de digitador

28 de novembro de 2022

O direito está garantido em normas coletivas da categoria.

A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Caixa Econômica Federal a pagar a um bancário do Rio de Janeiro (RJ) diferenças salariais, a título de horas extras, em razão da supressão do intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho na função de caixa executivo. O colegiado confirmou a existência de norma coletiva que garante as pausas para profissionais que exercem atividades de digitação, sujeitas a movimentos repetitivos.

Pausas de digitador

Na reclamação trabalhista, o bancário argumentou que havia exercido a função de caixa executivo de julho de 2010 a maio de 2013, sem usufruir as pausas, previstas em normas internas do banco e nos acordos coletivos de trabalho da categoria.

A Caixa, por sua vez, defendeu que não ficara comprovada a realização de esforço repetitivo na atividade de inserção de dados exercida pelo bancário, e, por consequência, a necessidade das pausas. De acordo com a empresa, esse tipo de serviço, nos dias atuais, é facilitado pelo leitor de código de barras, e as atribuições do caixa executivo não englobavam apenas a digitação.

Atividades diversas

O juízo de primeiro grau deferiu as horas extras, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) reformou a sentença. Para o TRT, o bancário não fazia serviços de digitação de forma contínua, repetitiva e ininterrupta, uma vez que também realizava outras tarefas, como pagamentos de títulos com códigos de barras, entrega de cheques e cartões de créditos e movimentação de dinheiro. Na mesma linha, seguiu a Oitava Turma do TST.

Esforço repetitivo

No recurso de embargos à SDI-1, o bancário reafirmou que suas atividades envolviam movimentos e esforços repetitivos, o que justifica a concessão do intervalo, previsto no artigo 72 da CLT. Segundo seu argumento, é irrelevante que a atividade seja executada com exclusividade, de forma preponderante ou contínua para ter direito às pausas.

Instrumento coletivo

O relator dos embargos, ministro Renato de Lacerda Paiva,  constatou a existência de norma coletiva que prevê a concessão do intervalo para todos os empregados que exerçam atividades de entrada de dados, sujeitas a movimentos ou esforços repetitivos dos membros superiores e da coluna vertebral.

O ministro ainda lembrou que, em novembro de 2021, ao julgar caso semelhante, a SDI-1 adotou o entendimento de que os caixas executivos da CEF têm direito à pausa quando o direito for assegurado em norma coletiva e não haja a exigência de que as atividades de digitação sejam feitas de maneira exclusiva, como no caso.

A decisão foi unânime. 

Fonte: TST (LF/CF)

Processo: E-ED-Ag-RR-100424-75.2017.5.01.0010

Em caso de dúvidas ou problemas nas relações de trabalho, Fortunato Goulart Advocacia Trabalhista encontra-se à disposição para consultoria jurídica ou atuação contenciosa (ação judicial).

Veja também

Doença ocupacional (LER/DORT) – Dúvidas frequentes

Acidente de trabalho e Doença ocupacional

Advogado Trabalhista em Curitiba
Rodrigo Fortunato Goulart
OAB/PR sob nº 36.980
Com 25 anos de experiência na área trabalhista, é Mestre e Doutor em Direito pela PUCPR, Diretor do Departamento de Direito do Trabalho do Instituto dos Advogados do Paraná e Professor de Relações Trabalhistas e Saúde no Trabalho na Escola de Negócios da PUCPR.
Quero falar com o Advogado
Leia também:
Como preencher a CAT: passo a passo simples e seguro
📝 Se você sofreu um acidente e se sente perdido, este passo a passo é para você Se você sofreu um acidente de trabalho, é normal sentir medo. Você pensa na saúde, no emprego e na renda. Além disso, surge uma dúvida prática: “Preciso da CAT?” A CAT - Comunicação de Acidente de Trab...
Leia mais
Benefício do INSS após acidente de trabalho: passo a passo
🧭 Como conseguir benefício do INSS após acidente de trabalho (passo a passo) Sofrer um acidente de trabalho já é difícil. E, muitas vezes, o pior começa depois. Você sente dor, ansiedade e insegurança. Além disso, surgem dúvidas práticas: “Quem paga meu salário?” “Preciso ir ao ...
Leia mais
Acidente de trabalho por choque elétrico: quais são seus direitos
⚡ Acidente de trabalho por choque elétrico: seus direitos podem estar sendo ignorados Sofrer um choque elétrico no trabalho muda tudo em segundos. Além da dor física, surgem o medo, a insegurança e a dúvida sobre o futuro profissional. Muitos trabalhadores qualificados continuam empregados, ...
Leia mais
Trocar Gerentes CLT por PJ Vale a Pena? Os Riscos Trabalhistas que Todo Empresário Precisa Conhecer
⚠️ O que muitos empresários só descobrem quando já é tarde Você, empresário, provavelmente já ouviu — ou acabou de ouvir — algo parecido com isto: “Dá para reduzir muito o custo da folha se transformarmos os gerentes CLT em PJs.É simples: fazemos uma pesquisa, quem quiser vira PJ,...
Leia mais
Ação trabalhista exige cautela: a importância de contratar um bom advogado
⚖️ Por que consultar um bom advogado trabalhista é essencial antes de entrar com uma ação? 🎗️ A dor é legítima, mas a decisão precisa ser racional Quem pensa em entrar com uma ação trabalhista quase nunca chega a essa decisão por impulso. Chega cansado. Chega frustrado. Chega com a...
Leia mais
Queda de altura no trabalho: direitos do trabalhador
🎗️ Quando o chão some e a vida muda de repente Uma queda de altura não acontece apenas no corpo. Ela atinge a rotina, a renda e a tranquilidade de quem trabalha. Muitos profissionais qualificados vivem esse choque em silêncio. Estão afastados, com medo do futuro e cheios de dúvidas. Além ...
Leia mais
Acordo após morte no trabalho: devo aceitar?
Perdi meu esposo em um acidente de trabalho. Devo aceitar o acordo da empresa? ⚖️ 🎗️ Quando a dor é tão grande que pensar em direitos parece impossível Se você chegou até aqui, provavelmente está vivendo um dos momentos mais difíceis da sua vida. A perda de um esposo em um acidente d...
Leia mais
Doença no ombro do metalúrgico: direitos e indenização
💬 Você não ficou fraco. O trabalho é que adoeceu seu ombro. Se você é metalúrgico, trabalha há anos com movimentos repetitivos, peso, vibração ou postura forçada, e hoje convive com dores no ombro, este texto é para você. Muitos profissionais seguem trabalhando mesmo lesionados. No en...
Leia mais
Denunciei meu chefe no compliance: fui demitido, ele promovido
⚠️ Quando falar a verdade custa o emprego — e o agressor sai fortalecido O título parece exagerado. Mas basta abrir qualquer comentário em redes sociais para perceber: ele descreve uma experiência comum. 💬 “Não confie em compliance.”💬 “Pesquisa de clima é armadilha.”💬 “...
Leia mais
Expatriação sem garantia mínima: riscos jurídicos ao trabalhador no exterior
🎯 Será que a alta remuneração compensa a insegurança jurídica? Receber uma proposta para atuar no exterior costuma ser interpretado como sinal de reconhecimento profissional. Para executivos, engenheiros, gestores e técnicos especializados, isso representa: avanço de carreira; valorizaçã...
Leia mais
1 2 3 22

FAQ

PERGUNTAS
FREQUENTES

As principais dúvidas de quem nos procura e as nossas respostas, de forma rápida e eficiente.

Se você foi mandado embora sem justa causa, tem direito a receber: salário dos dias trabalhados, aviso prévio (se não foi cumprido), férias proporcionais + 1/3, 13º salário proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, além de poder sacar o FGTS e, se tiver direito, pedir o seguro-desemprego. Dependendo do seu caso, pode haver outros direitos.
O salário e o FGTS devem ser pagos na data certa. Se houver atrasos constantes, isso pode ser motivo para encerrar o contrato de trabalho por culpa do patrão (rescisão indireta). Além disso, o trabalhador pode receber juros e correções pelos dias de atraso e até uma indenização por danos morais, se for o caso.
Sim. Mesmo sem registro na carteira, você pode ter direito a todos os benefícios de um trabalhador com carteira assinada, como FGTS, férias, 13º salário, INSS e outros. Se o patrão não reconhece isso, é possível entrar na Justiça e apresentar provas para garantir seus direitos.
Se você sofreu um acidente de trabalho, pode ter direito a afastamento com pagamento do INSS, estabilidade no emprego depois que voltar ao trabalho e até indenização, dependendo do caso. Se o acidente deixou sequelas, pode haver direito à aposentadoria por invalidez, pensão vitalícia (paga pela empresa) ou outros benefícios.
As horas extras só podem ser exigidas dentro da lei. Se você trabalha além do horário normal, tem direito a receber um valor maior por cada hora extra (pelo menos 50% a mais do que a hora normal). Algumas categorias podem ter regras diferentes em acordo ou convenção coletiva.
Não. O patrão não pode mudar seu contrato de trabalho para piorar suas condições sem seu consentimento. Se isso acontecer e te prejudicar, você pode ter o direito de pedir a rescisão indireta do contrato e receber todas as verbas como se tivesse sido demitido sem justa causa.
A lei garante estabilidade para mulheres grávidas desde o início da gestação até cinco meses depois do parto. Se for demitida nesse período, pode pedir para ser reintegrada ao trabalho ou receber uma indenização.
Se o patrão manda um funcionário abrir uma empresa (CNPJ ou MEI) só para continuar trabalhando do mesmo jeito que antes, isso pode ser uma fraude chamada “pejotização”. Se houver subordinação, horário fixo e obrigações como as de um empregado, pode ser possível pedir na Justiça o reconhecimento do vínculo empregatício e receber todos os direitos previsto em lei.
Sempre que tiver dúvidas ou problemas no seu trabalho, como salário atrasado, demissão injusta, assédio, não pagamento de direitos, trabalho sem carteira assinada, entre outros. Um advogado pode orientar sobre o que fazer e se vale a pena entrar na Justiça.
Na consulta, o advogado analisa o seu caso, verifica documentos, esclarece dúvidas e explica quais são os possíveis caminhos para resolver o problema. Dependendo da situação, pode ser feito um acordo com a empresa ou, se necessário, uma ação na Justiça.
O valor depende do caso e do advogado. Cada profissional tem liberdade para estabelecer o preço dos seus serviços. Profissionais experientes podem cobrar um valor fixo pela consulta ou pelo processo, enquanto outros podem trabalhar com um percentual do valor que o cliente receber no final da ação (honorários em caso de vitória). Tudo deve ser combinado antes, de forma transparente.
O tempo pode variar bastante. Se houver um acordo, pode ser resolvido rapidamente. Mas, se precisar de uma decisão da Justiça, pode levar meses ou até anos, dependendo do caso e dos recursos.
Depende. Depois da Reforma Trabalhista, quem perde a ação pode ser condenado a pagar honorários ao advogado da outra parte, mas há exceções. Também pode haver custos do processo, dependendo do contrato feito com seu advogado. Por isso, é importante entender tudo antes de entrar com a ação.
Os documentos mais importantes são: carteira de trabalho física ou digital, holerites (contracheques), contrato de trabalho, comprovantes de pagamento, extrato do FGTS, carta de demissão e qualquer outro que mostre como era a relação de trabalho. Se não tiver todos, o advogado pode te orientar sobre como reunir provas.

Formulário

FICOU COM ALGUMA
DÚVIDA?

Com o apoio de nossa equipe jurídica, 
você pode esclarecer tudo sobre seus 
direitos de forma acessível e confiável.


O nosso compromisso além do escritório

FG NA MÍDIA

Participação em entrevistas e congressos.

Endereço em Curitiba

FAÇA UMA VISITA EM 
NOSSO ESCRITÓRIO

Estamos comprometidos na defesa
dos seus direitos.

Agende sua visita pelo whatsapp
  • Nosso escritório de advocacia trabalhista em Curitiba
  • Escritório especializado em direito do trabalho em Curitiba
  • Escritório especializado em direito do trabalho em Curitiba
desenvolvido com por Agência de Marketing Digital Fortunato Goulart Advocacia © 2025