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Canal de Denúncias: sua Empresa sabe o que fazer quando a Denúncia chega?

20 de novembro de 2025
Fui diagnosticado com burnout quais são meus direitos

💬 As Três Fases Essenciais para Apurar Denúncias

⚡ O Risco que virou Obrigação

As regras para o ambiente de trabalho estão mais rígidas do que nunca.

O Canal de Denúncias deixou de ser uma boa prática para se tornar uma obrigação legal urgente, exigida por dois pontos cruciais que sua empresa precisa cumprir:

  • A Nova NR-01, que obriga a gestão de riscos na sua operação, incluindo problemas como assédio (riscos psicossociais).

  • A Lei nº 14.457/2022 (que visa proteger a mulher no trabalho), tornando o canal obrigatório para todas as empresas que têm CIPA, com foco total no combate ao assédio.

Muitas empresas investiram nas plataformas, mas enfrentam o desafio crucial: o que fazer, de fato, quando a denúncia anônima chega?

A dúvida não é sobre ter o canal, mas sobre possuir um protocolo jurídico seguro para investigar, garantir o anonimato e blindar a empresa.

Agir de forma inadequada, com parcialidade, ou simplesmente ignorar o relato, é um convite direto a multas e ações judiciais.

Este artigo apresenta algumas práticas para que sua empresa garanta o compliance e a máxima segurança jurídica em cada etapa da apuração.


🚨 Os 3 Assuntos mais Comuns no seu Canal de Denúncias

Antes de detalharmos o protocolo de apuração, é fundamental reconhecer os temas que mais frequentemente ativam o alerta de risco na sua empresa.

Saber categorizá-los é o primeiro passo para a gestão eficiente e a blindagem jurídica.

1. Assédio Moral ou Sexual 🎗️

O risco aqui é duplo: passivo trabalhista (danos morais altíssimos e rescisão indireta) e a penalização administrativa por descumprimento da Lei 14.457/2022. A omissão da empresa é interpretada como tolerância ao ato, tornando-a corresponsável.

2. Fraudes, Desvios e Conflito de Interesses 💰

O perigo reside na tentativa de ação solo. Se comprovada a fraude e a empresa não agir com rigor técnico na aplicação da penalidade (ex: justa causa), há um alto risco de litígio onde o empregado demitido pode alegar retaliação e exigir indenizações.

3. Descumprimento de Normas de Saúde e Segurança (NRs) 🛡️

Denúncias de ambientes perigosos são provas documentais para a fiscalização. A denúncia anônima se torna um aviso prévio de acidente ou multa, configurando culpa grave da empresa se um sinistro ocorrer após o alerta.

Atenção: Estes três temas exigem protocolos de apuração completamente diferentes. Tratar uma denúncia de Assédio com o mesmo rigor de uma denúncia de Falta de EPIs é um erro estratégico que pode levar ao processo judicial em ambas as pontas. A apuração técnica precisa de especialização.


🔍 O Protocolo Jurídico de 3 Etapas para Gestão de Denúncias

A gestão eficaz de uma denúncia se baseia em uma abordagem metódica, que protege tanto a empresa quanto os envolvidos, respeitando os princípios do contraditório e da ampla defesa.

⚖️ Etapa 1: Classificação de Risco e Formalização da Apuração

O primeiro contato com a denúncia exige serenidade e um olhar técnico. Nem todo relato é uma crise, mas todo relato exige uma resposta formal.

  • Triagem e Classificação: O conteúdo da denúncia deve ser classificado quanto à gravidade (ex: fraude, assédio, desvio de conduta leve) e ao risco jurídico que representa. Essa classificação determina a urgência e o nível de recursos (internos ou externos) a serem empregados.

  • Formalização: É crucial que a empresa instaure um Comitê de Crise ou um Grupo de Trabalho para a apuração. Esse ato formal demonstra, perante órgãos fiscalizadores, o compromisso da empresa em agir. É importante definir um escopo de investigação claro e estritamente focado no objeto da denúncia.

🛡️ Etapa 2: A Condução da Investigação com Sigilo e Imparcialidade

A investigação é a fase mais sensível, onde o risco de gerar um novo passivo (por vazamento, retaliação ou parcialidade) é altíssimo.

  • Garantia de Sigilo: A denúncia anônima só será eficaz se a fonte e o conteúdo da investigação forem tratados com absoluto sigilo. Colaboradores internos (RH ou Jurídico) podem ter dificuldade em manter a isenção, especialmente em casos que envolvem alta gestão ou conflito de interesses.


"Coletar a denúncia é apenas o ponto de partida. O valor real está no protocolo técnico de apuração. É preciso ir além: a denúncia deve passar por uma triagem e categorização rigorosas e ser tratada com uma investigação defensiva minuciosa. O produto final dessa etapa é o "Memorial da Investigação", um documento técnico que resume o processo e as provas de forma irrefutável, sendo a única defesa robusta da empresa perante as autoridades e a Justiça do Trabalho."

- Leila Andressa Dissenha, advogada trabalhista e doutora em direito - PUCPR


  • Busca por Isenção: A terceirização da investigação para um escritório de advocacia trabalhista especializado garante a imparcialidade necessária. Advogados externos possuem o dever estatutário de sigilo e a isenção para conduzir entrevistas sensíveis, coletar evidências digitais (e-mails, logs) e lidar com questões internas sem pressão hierárquica.

  • Cadeia de Custódia: Toda prova coletada (documentos, depoimentos, e-mails) deve ser tratada com o rigor de uma cadeia de custódia para garantir que o material probatório seja legalmente válido e não contestável em um eventual processo judicial.

👩‍⚖️ Etapa 3: O Veredito Jurídico: Por Que a Decisão Final Não Pode Ser Feita 'Em Casa'?

A correta gestão de uma denúncia culmina na Decisão e na Ação Corretiva, o momento de maior risco jurídico.

A empresa precisa responder: A denúncia é procedente? Qual a penalidade justa e legal?

  • A Falha Comum: Após a investigação, muitas empresas tentam aplicar penalidades (como a demissão por justa causa) sem o devido embasamento e rigor técnico. Uma justa causa mal aplicada pode ser revertida na Justiça do Trabalho em uma demissão sem justa causa, gerando um passivo elevado e dano à imagem.

  • A Necessidade do Parecer Técnico: O Parecer Jurídico Final não é apenas um resumo. É uma peça técnica que:

    • Analisa a tipicidade da conduta (se o ato se enquadra nas faltas graves do Art. 482 da CLT, por exemplo).

    • Verifica a proporcionalidade da pena aplicada.

    • Garante que o processo disciplinar respeitou integralmente o direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme a jurisprudência.

"A denúncia chegou. A única decisão correta, neste momento, é: 'Quem conduzirá a apuração com a isenção e o rigor legal exigidos?' A lei não tolera improvisos."

Rodrigo Fortunato Goulart, advogado trabalhista e doutor em direito – PUCPR


Somente um advogado trabalhista especializado tem o conhecimento para entregar um Parecer com esta profundidade.

Esse documento é a blindagem jurídica da sua empresa, transformando uma denúncia apurada em uma defesa robusta e inquestionável.

Não subestime a complexidade da decisão final.

🤝 Conclusão: Investimento em Segurança Jurídica

A implementação do Canal de Denúncias, exigida por normas como a NR-01, demonstra o compromisso da empresa com a governança.

Contudo, o verdadeiro valor e a proteção da empresa se manifestam na capacidade de processar, investigar e, principalmente, concluir as apurações com rigor técnico.

A correta aplicação da lei e a documentação precisa do processo de apuração são essenciais para evitar passivos trabalhistas, multas e para fortalecer a imagem da sua empresa no mercado (ESG).

Manter-se informado e buscar referências qualificadas é o caminho mais seguro para garantir a saúde jurídica do seu negócio.

Advogado Trabalhista em Curitiba
Rodrigo Fortunato Goulart
OAB/PR sob nº 36.980
Com 25 anos de experiência na área trabalhista, é Mestre e Doutor em Direito pela PUCPR, Diretor do Departamento de Direito do Trabalho do Instituto dos Advogados do Paraná e Professor de Relações Trabalhistas e Saúde no Trabalho na Escola de Negócios da PUCPR.
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FAQ

PERGUNTAS
FREQUENTES

As principais dúvidas de quem nos procura e as nossas respostas, de forma rápida e eficiente.

Se você foi mandado embora sem justa causa, tem direito a receber: salário dos dias trabalhados, aviso prévio (se não foi cumprido), férias proporcionais + 1/3, 13º salário proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, além de poder sacar o FGTS e, se tiver direito, pedir o seguro-desemprego. Dependendo do seu caso, pode haver outros direitos.
O salário e o FGTS devem ser pagos na data certa. Se houver atrasos constantes, isso pode ser motivo para encerrar o contrato de trabalho por culpa do patrão (rescisão indireta). Além disso, o trabalhador pode receber juros e correções pelos dias de atraso e até uma indenização por danos morais, se for o caso.
Sim. Mesmo sem registro na carteira, você pode ter direito a todos os benefícios de um trabalhador com carteira assinada, como FGTS, férias, 13º salário, INSS e outros. Se o patrão não reconhece isso, é possível entrar na Justiça e apresentar provas para garantir seus direitos.
Se você sofreu um acidente de trabalho, pode ter direito a afastamento com pagamento do INSS, estabilidade no emprego depois que voltar ao trabalho e até indenização, dependendo do caso. Se o acidente deixou sequelas, pode haver direito à aposentadoria por invalidez, pensão vitalícia (paga pela empresa) ou outros benefícios.
As horas extras só podem ser exigidas dentro da lei. Se você trabalha além do horário normal, tem direito a receber um valor maior por cada hora extra (pelo menos 50% a mais do que a hora normal). Algumas categorias podem ter regras diferentes em acordo ou convenção coletiva.
Não. O patrão não pode mudar seu contrato de trabalho para piorar suas condições sem seu consentimento. Se isso acontecer e te prejudicar, você pode ter o direito de pedir a rescisão indireta do contrato e receber todas as verbas como se tivesse sido demitido sem justa causa.
A lei garante estabilidade para mulheres grávidas desde o início da gestação até cinco meses depois do parto. Se for demitida nesse período, pode pedir para ser reintegrada ao trabalho ou receber uma indenização.
Se o patrão manda um funcionário abrir uma empresa (CNPJ ou MEI) só para continuar trabalhando do mesmo jeito que antes, isso pode ser uma fraude chamada “pejotização”. Se houver subordinação, horário fixo e obrigações como as de um empregado, pode ser possível pedir na Justiça o reconhecimento do vínculo empregatício e receber todos os direitos previsto em lei.
Sempre que tiver dúvidas ou problemas no seu trabalho, como salário atrasado, demissão injusta, assédio, não pagamento de direitos, trabalho sem carteira assinada, entre outros. Um advogado pode orientar sobre o que fazer e se vale a pena entrar na Justiça.
Na consulta, o advogado analisa o seu caso, verifica documentos, esclarece dúvidas e explica quais são os possíveis caminhos para resolver o problema. Dependendo da situação, pode ser feito um acordo com a empresa ou, se necessário, uma ação na Justiça.
O valor depende do caso e do advogado. Cada profissional tem liberdade para estabelecer o preço dos seus serviços. Profissionais experientes podem cobrar um valor fixo pela consulta ou pelo processo, enquanto outros podem trabalhar com um percentual do valor que o cliente receber no final da ação (honorários em caso de vitória). Tudo deve ser combinado antes, de forma transparente.
O tempo pode variar bastante. Se houver um acordo, pode ser resolvido rapidamente. Mas, se precisar de uma decisão da Justiça, pode levar meses ou até anos, dependendo do caso e dos recursos.
Depende. Depois da Reforma Trabalhista, quem perde a ação pode ser condenado a pagar honorários ao advogado da outra parte, mas há exceções. Também pode haver custos do processo, dependendo do contrato feito com seu advogado. Por isso, é importante entender tudo antes de entrar com a ação.
Os documentos mais importantes são: carteira de trabalho física ou digital, holerites (contracheques), contrato de trabalho, comprovantes de pagamento, extrato do FGTS, carta de demissão e qualquer outro que mostre como era a relação de trabalho. Se não tiver todos, o advogado pode te orientar sobre como reunir provas.

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